Se você, assim como eu, já encarou a montanha-russa que é mergulhar em projetos de tecnologia, sabe que por si só planejar e desenvolver podem ser duas coisas bem diferentes.
Agora quando o assunto é projeto pessoal, o desafio é ainda maior: todo dev que se preza tem aquela tendência chata de deixar seus projetinhos* outrora promissores de lado, né? Sem aquela motivação certa ($$$$), eles podem, e quase sempre vão, acabar encostados. Então, como se manter no pique?
*aliás, são ótimos para solidificar conhecimentos e fazer bonito em entrevistas.
Eu descobri um jeito de manter a peteca no ar e ver o progresso acontecer. Como? Quebrar a parada toda em pedaços menores e mais palpáveis que te mostram resultados reais. Explico:
Vamos pegar como exemplo meu projeto "Mochila", um aplicação web para organizar viagens que montei usando Next.JS, Node e MongoDB. Neste carinha, em vez de me atirar de cabeça para criar um app completo e cheio de features e firulas - e acabar soterrado em entregas impraticáveis, parti para abordar partes menores, que principalmente tinha resultado visível. Essa é a jogada: ver as coisas tomando forma mais rápido, isso é o que vai manter seu entusiasmo no alto.
Desde o começo, foquei nas tarefas que traziam resultados visíveis. No "Mochila", por exemplo, comecei com a implementação da interface do usuário - Antes no figma, das principais tela e depois 100% no front end usando Tailwind. Mesmo que simples, ver a tela inicial do app pronta já foi um gás enorme.
Eu não fico obcecado por perfeição, mas sim em montar partes que já dão um gostinho do que está por vir. Isso às vezes significa fazer escolhas, como usar funções mais diretas, soluções temporárias, ou até usar um database local em .json
só para manter o projeto avançando. O objetivo é ter algo para mostrar o quanto antes – nem que seja para se mostrar.
Falando em mostrar, eu adoro mini-demonstrações. Eu foco em mostrar para minha parceira, para meus amigos dev ou até mesmo gravar um vídeo demonstração usando ferramentas como Loom ou Tella. Isso não só me mantêm animado, mas também traz feedbacks valiosos sobre o projeto. Aprendi que buscar a perfeição pode ser um tiro no pé, e é essencial priorizar o progresso.
Esse jeito de encarar os projetos pessoais, que muitas vezes são cruciais para nosso crescimento profissional, me mantém engajado e assegura a utilidade do software para os outros. O foco é resolver os problemas atuais e melhorar o app com base nas minhas experiências e nas dos usuários.
Bom, é isso aí. Se você quer manter o entusiasmo nos seus projetos pessoais, a dica é quebrar tudo em pedaços menores e mais palpáveis. Isso vai te ajudar a ver o progresso acontecer mais rápido e te manter motivado.
Não se preocupe com a perfeição no começo. O foco é ter algo para mostrar o quanto antes. Você pode sempre melhorar o projeto depois, com base no feedback de outras pessoas.
E não tenha medo de pedir ajuda. Fale com seus amigos devs, participe de comunidades online ou até mesmo contrate um mentor. Todo mundo precisa de uma ajudinha de vez em quando.
Com um pouco de esforço, você vai conseguir levar seus projetos pessoais até o fim e colher os frutos do seu trabalho.
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