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Rudson Kiyoshi Souza Carvalho
Rudson Kiyoshi Souza Carvalho

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Resilience Evaluation and Optimization Framework — REOF

Autor: Rudson Kiyoshi Souza Carvalho

Data: Abril de 2024

Objetivo: Este documento apresenta o REOF, um framework para avaliar, quantificar e otimizar a resiliência e confiabilidade de sistemas, com foco em aplicações de software.

Ao avaliar sistematicamente cada componente crítico, a metodologia ajuda a identificar proativamente áreas de vulnerabilidade que podem comprometer a confiabilidade/resiliência do sistema.

1. Introdução ao REOF:

O REOF é uma ferramenta padronizada que permite a análise, quantificação e expressão da resiliência e confiabilidade de um sistema através de um índice numérico (IRC - Índice de Resiliência e Confiabilidade).
A metodologia foca na prevenção de falhas e na implementação de melhores práticas para aumentar a confiabilidade.

2. Metodologia de Análise REOF:

O método considera Verticais de Avaliação: O REOF divide a análise em "verticais" que representam pontos críticos de um sistema, como:

  • EE - Entrada Externa (pontos de interação com o cliente)
  • SE - Saídas Externas (envio de dados para outros sistemas)
  • CE - Consultas Externas (integrações com outros sistemas)
  • DI - Dados Internos (consultas a banco de dados, cache, etc.)
  • AC - Aplicação em Container (configurações de health check)
  • SEC - Framework de Segurança Habilitado (ex: Spring Security)

Um dos pontos mais importantes sobre este framework é que ele foi concebido para ser flexível a qualquer vertical criada, portanto, você pode criar suas próprias verticais de avaliação e poderá avaliar qualquer processo que tenha um conjunto de boas práticas a serem avaliados. (logo poderia avaliar verticais de infraestrutura, técnicas de construções de aplicativos mobile, entre outros processos.

Proteções e Pesos: Para cada vertical, são definidas "proteções" (melhores práticas) que aumentam a resiliência, cada uma com um peso específico.
"Com sua equipe de engenharia ou arquitetura, você poderá listar as melhores práticas de proteção para promover resiliência e confiabilidade ao sistema, definindo pesos para cada proteção aplicada."

Cálculo do Índice: O IRC é calculado pela soma ponderada das pontuações de cada vertical.

Fator de Degradação: Um fator de degradação é aplicado para considerar o impacto de múltiplos domínios/funcionalidades em um mesmo microsserviço (micromonolitos).

Para cada domínio adicional, quero reduzir a qualidade do índice geral em 10% para cada domínio/funcionalidade adicionada, pois incluir novas/extras funcionalidades/domínios diferentes faz com que seu serviço tenha que compartilhar recursos, e uma lentidão em uma funcionalidade pode esgotar recursos para outras funcionalidades no mesmo microsserviço.

Normalização do Índice: O IRC é normalizado para uma escala de 0 a 10, facilitando a comunicação e comparação entre diferentes sistemas.

3. IRC/REOF como SLA:

O REOF permite expressar o IRC em níveis de serviço (SLA):

  • item 1 Excelente (8 a 10)
  • item 2 Bom (5 a 7.9)
  • item 3 Aceitável (3 a 4.9)
  • item 4 Insatisfatório (abaixo de 3)

Pirâmide de confiabilidade REOF de Ruds
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SLA para Serviço Excelente: O IRC/REOF deve ser maior ou igual a 8, indicando um nível de serviço excelente. Isso reflete a alta confiabilidade e eficiência do microserviço, sem sobrecarga de domínios adicionais.

SLA para Serviço Bom: O IRC/REOF deve ser entre 5 e 7.9, indicando um nível de serviço bom. Isso reflete a confiabilidade do microserviço.

SLA para Serviço Aceitável: O IRC/REOF deve ser entre 3 e 4.9, indicando um nível de serviço aceitável. Isso indica que há espaço para melhoria. Medidas corretivas devem ser aplicadas para aumentar a confiabilidade deste serviço e reduzir impactos de paradas do serviço por causa da aplicação.

SLA para Serviço Insatisfatório: O IRC/REOF deve estar abaixo de 3, indicando um nível de serviço insatisfatório. Isso indica que este serviço precisa de revisões e melhorias, não sendo um serviço confiável.

4. Flexibilidade e Automação:

O REOF é flexível e pode ser personalizado com novas verticais e proteções.
É possível automatizar o cálculo do IRC através de análise estática de código, mas a precisão pode ser limitada.

5. REOF vs. MTBF:

O REOF é uma medida proativa que avalia a robustez do sistema com base em sua construção, enquanto o MTBF é uma medida reativa que considera apenas o tempo médio entre falhas.

O MTBF é a métrica da sorte ao longo do tempo, um MTBF alto pode indicar que um sistema teve um bom histórico operacional, dadas as condições ideais de operação ambiental desse sistema, no entanto, não diferencia necessariamente sistemas genuinamente bem projetados daqueles que Você pode ter tido 'sorte' de ter um ambiente estável durante o período de execução e avaliação.

O REOF é mais abrangente e fornece insights mais acionáveis para melhorar a resiliência.

6. Relação com Chaos Engineering:

REOF e Chaos Engineering são abordagens complementares.
O REOF garante que as melhores práticas de resiliência sejam aplicadas durante o desenvolvimento, enquanto o Chaos Engineering testa a resiliência do sistema em produção.

7. Benefícios do REOF:

  • Comunicação eficaz sobre a confiabilidade do sistema.
  • Identificação precisa de áreas de melhoria.
  • Cultura de melhoria contínua e prevenção de falhas.
  • Gerenciamento de riscos e conformidade com SLAs.
  • Melhor experiência do usuário.

8. Considerações sobre Custos:

Implementação do REOF pode ter custo inicial significativo, mas reduz custos operacionais a longo prazo.
Chaos Engineering pode ter baixo custo de implementação, mas custos operacionais podem ser altos durante os testes.

Como o método REOF é melhor do que o método MTBF?

O MTBF é uma estatística de funcionamento do seu sistema, segundo um histórico operacional, uma medição ao longo do tempo, onde um sistema pode funcionar muito bem dada as condições ideais de operação, se nada de anormal acontecer no seu ambiente/infra, o MTBF indicará que seu sistema é extremamente confiável, pois ele depende das condições sob a qual o seu sistema opera para que possam ocorrer falhas, este método não sabe como seu sistema foi construído, considera a freqüência de falhas num período de tempo, e não a robustez como o sistema foi construído para lidar com diferentes tipos de variações no ambiente e consequentemente se proteger das falhas, é um método reativo.

O MTBF é a métrica da sorte em função do tempo, um MTBF alto pode indicar que um sistema teve um bom histórico de funcionamento dada as condições de ambiente ideais de operação deste sistema, porém, não necessariamente distingue entre sistemas genuinamente bem projetados e aqueles que pode ter tido "sorte" de ter um ambiente estável durante o período de execução e avaliação.

O REOF genuinamente avalia a robustez do sistema, como o sistema foi construído para lidar com os diferentes tipos de problemas que possam ocorrer no ambiente produtivo, é um método proativo.

Relação entre o método REOF e o Chaos Monkey/Engineering

O método REOF, contrasta com a aplicação de ferramentas como o Chaos Monkey em vários aspectos fundamentais. Ambas as abordagens visam melhorar a resiliência e a confiabilidade dos sistemas, mas fazem isso de maneiras complementares, a engenharia do caos é uma disciplina de experimentação em um sistema para criar confiança na capacidade do sistema de resistir a condições turbulentas na produção, enquanto este método garante que foram aplicadas as melhores práticas para resistir ao caos, ou seja, garante a preparação para falhas, os pontos fortes da metodologia de avaliação de confiabilidade em relação ao uso de um Chaos Monkey são:

Foco na Prevenção e Melhoria Contínua

Avaliação Holística: A metodologia fornece uma visão abrangente da performance do sistema ao longo do tempo, permitindo identificar tendências, áreas de melhoria e impactos das mudanças, ao contrário do Chaos Monkey, que testa a resiliência de forma mais imediata e isolada.

Incentivo à Inovação: A gamificação incentiva (proposta tópico desafio de excelência) as equipes a buscar melhorias contínuas e soluções inovadoras para elevar os índices de confiabilidade, promovendo uma cultura de excelência operacional.

Planejamento Estratégico: Oferece uma base para o planejamento estratégico e a alocação de recursos, ao identificar áreas críticas que necessitam de atenção e investimento, algo que a aplicação isolada do Chaos Monkey não proporciona diretamente.

Gestão de Riscos e Conformidade

Redução de Riscos Operacionais: Ao focar na avaliação e melhoria contínuas da confiabilidade, esta metodologia ajuda a mitigar riscos operacionais de longo prazo, enquanto o Chaos Monkey é mais uma ferramenta de teste de estresse que expõe vulnerabilidades.

Conformidade com SLAs: A metodologia permite a monitoração proativa e a garantia de que os serviços atendam ou excedam os SLAs acordados, o que é fundamental para a satisfação do cliente e a conformidade regulatória.

Melhoria da Experiência do Usuário

Foco no Usuário: Avaliar e melhorar a confiabilidade com base nos SLAs enfatiza a importância da experiência do usuário, visando garantir uma operação sem interrupções e desempenho otimizado dos serviços.

Antecipação de Problemas: Permite a identificação e correção proativa de possíveis falhas antes que afetem os usuários finais, enquanto o Chaos Monkey simula falhas para testar a resiliência, o que pode ou não ser diretamente relacionado à experiência do usuário.

Complementaridade com Ferramentas de Teste de Resiliência
Abordagem Integrada: Embora focada em avaliação e melhoria, essa metodologia pode ser complementada por ferramentas como o Chaos Monkey para uma abordagem mais robusta à resiliência. Juntas, elas oferecem uma estratégia de defesa em profundidade contra falhas e interrupções.

Em resumo, a metodologia de avaliação de confiabilidade traz uma abordagem preventiva e estratégica para a gestão da confiabilidade dos sistemas, enfocando a melhoria contínua, a inovação e a satisfação do cliente. Enquanto o Chaos Monkey é uma ferramenta valiosa para testar a resiliência de forma específica e isolada, a combinação das duas abordagens oferece um caminho poderoso para alcançar a excelência operacional e a resiliência do sistema.

Conclusão:

O REOF é um framework poderoso para construir e gerenciar sistemas resilientes. Sua abordagem proativa, foco na prevenção e flexibilidade o tornam uma ferramenta valiosa para qualquer organização que busca alcançar a excelência operacional e garantir a satisfação do cliente.

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