introdução
Descobri por acaso o Bootcamp Java com Spring Boot organizado pela Dio e Claro e resolvi fazer por dois motivos:
- Gosto de programar e conhecer uma linguagem nova de programação é tipo um hobby
- Java é uma linguagem bastante usada no mercado e historicamente importante.
Após concluir o bootcamp resolvi escrever minhas impressões sobre o curso.
Os desafios que fiz durante o curso estão no github: https://github.com/samuelralmeida/exercises-dio-java
sobre o objetivo do curso
Na página de apresentação do curso aparece qual é o perfil do público destinado o curso e o objetivo dele:
“Profissionais que desejam entrar ou evoluir suas práticas no mercado como desenvolvedor back-end construindo e implementando APIs com Java e Spring, com foco em arquitetura de microsserviços que destacam o portfólio.”
“Se prepare para as oportunidades que estão por vir e tenha sucesso nas entrevistas de recrutamento.”
Pelo texto eu entendi que o público alvo é tanto pessoas que não são desenvolvedores profissionais e querem se tornar, quanto pessoas que já trabalham com desenvolvimento e querem se preparar.
Para quem está tentando entrar na área, o curso deve ser entendido como um complemento de estudos que precisam ser mais amplos. O estudante que começa esse bootcamp achando que vai ser o suficiente para um conhecimento básico para tentar entrevistas de emprego ficará frustrado. Penso que ele vai precisar de outros cursos para estar apto a essa busca.
Para quem já trabalha com programação, meu caso, o curso é bom para conhecer uma nova linguagem e framework. Não acho que um desenvolvedor júnior ou pleno fazendo o curso se sentirá pronto para o próximo nível de carreira, mas com certeza ajuda nessa bagagem.
sobre o curso e minha experiência
Eu não conhecia nada de Java e trabalhei pouco com orientação a objeto até o momento. Então o curso foi ótimo para conhecer a sintaxe da linguagem, framework, pacotes, recursos, etc.
Não me sinto capaz de liderar um sistema de produção em Java com o que eu aprendi, mas, juntando com minhas outras experiências anteriores de outros trabalhos e linguagens, acredito ser capaz de colaborar com um time que trabalha com Java e com o tempo dominar melhor esse conhecimento.
Tenho mais experiência trabalhando com linguagens que não são baseadas em orientação a objetos. O curso me ajudou muito a conhecer mais esse paradigma, que é a base do Java.
O curso mescla alguns vídeos gravados mais recentes com outros mais antigos. Não me parece ter uma grande perda por isso, mas é estranho um bootcamp de Java com Spring Boot ter aulas usando Java 8 sendo que a menor versão do “spring initializr” é 17. Isso gera alguns problemas de compatibilidade ao usar Gradle ou Maven, mas ter que resolvê-los foi de muito aprendizado também.
Os professores são bons e a plataforma de aula também é boa. Sempre cabe espaço para melhorar, mas não senti que me atrapalhou em nada. O bootcamp conta com mentorias que são aulas ou conversas com experts, acontecem ao vivo, mas ficam gravadas também. Não assisti todas, mas ouvir a experiência de gente programando ou liderando times na vida real é sempre legal. Ter esses momentos é sempre positivo para mim.
O curso tem alguns projetos para fazer e colocar no portfólio. Não são projetos complexos e muito elaborados que vão chamar muita atenção se você já atua como desenvolvedor, entretanto, para quem está tentando entrar na área, é sempre importante ter esses projetos para treinar e mostrar.
sobre meu aprendizado
Acredito que o que eu tinha para falar do bootcamp em si eu já falei antes. Então agora é sobre o que eu aprendi.
Para meus objetivos pessoais de aprender uma nova linguagem como hobby e possibilitar oportunidades de trabalho, fiquei satisfeito.
Sobre o quesito hobby, achei uma linguagem chata por ser muito verbosa mesmo com as facilidades do Spring Boot e Stream API. Além disso, o Spring Boot é um framework que usa muito de decoradores e abstrações e isso deixa as coisas meio “mágicas” no código, realmente pode trazer produtividade, mas por vezes eu tinha dificuldade de ler o código e saber exatamente o que estava acontecendo. Pessoalmente, não seria uma linguagem que escolheria para fazer um projeto.
Sobre o quesito profissional, entendo linguagens de programação como uma ferramenta de trabalho, não acho correto me limitar a uma outra linguagem para trabalhar. Então com o conhecimento básico de Java que aprendi no curso acredito que posso me comunicar bem com times que trabalham com Java Spring Boot, talvez tenha uma certa dificuldade inicial de entender completamente o código devido às muita abstrações do framework e com o tempo e prática poderia colaborar melhor com o desenvolvimento de sistemas em Java.
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