Esse é o primeiro post de uma série sobre cloud computing que vou usar para sistematizar o que estou aprendendo e, com sorte, ajudar outros no mesmo barco 😊
Nos exemplos uso o Azure, serviço de nuvem da Microsoft que estou usando para estudar. Vamos começar?
💠 O que é cloud computing?
Segundo Thomas Erl, Ricardo Puttini e Zaigham Mahmood (Cloud Computing: Concepts, Technology and Architecture) computação em nuvem é uma forma de computação distribuída que fornece recursos escaláveis e mensuráveis de forma remota.
Já segundo o National Institute of Standards and Technology (NIST) do governo dos EUA, é um modelo que permite acesso a recursos computacionais (redes, servidores, armazenamento, aplicações e serviços) de qualquer lugar de forma conveniente e sob demanda.
💠 Como isso é possível?
O cliente pode não se preocupar com a infra física, mas o provedor (Azure, AWS, GCP etc.) sim. São os datacenters conectados entre si por uma rede dedicada que dão base à nuvem, garantindo alta disponibilidade, redundância e segurança.
💠 Quais são os principais tipos de nuvem?
☁️ Nuvem Pública - é de acesso público e é controlada, mantida e administrada por um provedor.
No caso da Nuvem Pública o cliente (uma pessoa física, uma empresa, um governo) contrata o serviço de nuvem para ter acesso a um leque de recursos computacionais.
☁️ Nuvem Privada - funciona como uma "extensão" do datacenter corporativo e serve para centralizar o acesso a recursos de nuvem de uma empresa. Pode ser mantido pela própria empresa ou fora dela com um datacenter de terceiros.
☁️ Nuvem Comunitária - parecido com a nuvem pública, porém com acesso restrito aos membros da comunidade (também responsáveis por desenvolver e manter a própria nuvem).
☁️ Nuvem Híbrida - um modelo que combina dois ou mais dos tipos anteriores.
💠 E por que as empresas escolheriam o cloud computing?
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Redução de despesas com bens de capital (CapEx) - usando um servidor próprio (também chamado de "on-premise") a empresa deve arcar com custos como edifício para o datacenter, fornecimento de energia, refrigeração, infra de rede, segurança, compra do hardware, manutenção e um longo etc.
Já os serviços de nuvem pública funcionam num sistema de pagamento
conforme o uso ("pay-as-you-go"): só se paga pelo recurso que
for usado. Isso não quer dizer que sejam baratos, no entanto, os provedores fornecem dashboards, gráficos e ferramentas para monitoramento, controle e previsão de despesas operacionais (OpEx). Esse é o caso da Análise de Custos do Azure.
- Agilidade organizacional - por ser mais flexível permite que a empresa se adapte a mudanças repentinas (mais ou menos demanda, p. ex.) sem ser limitada pela capacidade computacional da sua infraestrutura física.
💠 Quais os principais serviços de nuvem?
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💻 Infrastructure-as-a-Service (IaaS) - fornecimento de recursos de infraestrutura física e virtual sob demanda, como Máquinas Virtuais (VMs), bancos de dados e redes virtuais. Nesse caso o cliente fica responsável por instalar, gerenciar e monitorar os softwares, além de ter a liberdade de configurar recursos como VPNs, load-balancers e firewalls.
Exemplo de IaaS: uma VM de 32gb de RAM, 4gb de memória, SLA
de 95% a $0.95/h e $0.05 por gb transferido (vou explicar
alguns desses conceitos no próximo post).
💻 Platform-as-a-Service (PaaS) - um ambiente já configurado e pronto para o ciclo de vida da aplicação. Nesse caso o cliente tem menos controle sobre o provisionamento e hospedagem. Seu deploy pode acontecer sobre uma infra "on-premise" ou uma IaaS.
- 💻 Software-as-a-Service (SaaS) - um software completo e já disponível nos marketplaces que podem ir desde serviços de e-mail do dia-a-dia até softwares de sistemas de planejamento de recursos empresarias (ERP). Essa opção permite o menor grau de controle por parte do cliente.
No próximo post vamos falar um pouco mais de virtualização e Máquinas Virtuais. Até a próxima! 😉
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